“Todas as influências são parte de mim, que dão vazão na palavra, que constrói e inventa”, Mia Couto
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Avançar sempre!
Na vida, as coisas, às vezes, andam muito devagar. Mas é importante não parar, pois mesmo um pequeno avanço na direcção certa já é considerado um progresso, e qualquer um pode fazer um pequeno progresso.
Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena. Pequenos riachos acabam por se converter em grandes rios, por isso, continue a caminhar e a realizar.
O que parecia fora do seu alcance esta manhã, vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer, se você continuar a mover-se para a frente. Por cada momento intenso e apaixonado que você dedica ao seu objectivo, um pouco mais de si aproxima-se dele. Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo. Então, continue a caminhar e a construir, sem desperdiçar a base que você já construiu.
Existe sempre alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exacto instante, pode não ser muito, mas vai mantê-lo no caminho certo. Vá rápido quando puder, vá devagar quando for obrigado, mas, prossiga sempre. O importante é não parar!
De Amanda de Lima
O que é matar?
Algumas pessoas têm questionado a minha posição quanto à descriminalização do aborto. Um dos argumentos mais citados é quanto ao mandamento bíblico “não matarás”. Mas, meus caros, me parece que o engano está na compreensão da totalidade do significado do termo “matar”.
O dicionário Houaiss, entre as várias definições que apresenta para este verbo, diz: “causar grande prejuízo ou dano a; arruinar.” E também: “causar sofrimento a; mortificar, afligir; ferir.” Vemos, com isso, que matar não é somente tirar a vida de alguém, mas também praticar qualquer ato que impeça que alguém tenha vida com qualidade, dignidade, felicidade.
Permitir que uma criança indesejada venha ao mundo em uma família desestruturada, sem condições de lhe oferecer uma vida minimamente digna, expondo-a à violência, maus tratos, perda da auto-estima e tantas outras mazelas, não significa dar um ser à luz, mas sim condená-lo à morte; uma morte social e psicológica, que vai gerar a pior de todas as mortes: A espiritual.
As crianças que andam pelas ruas, entregues à própria sorte, não nasceram; elas foram jogadas no mundo, como fruto da inconsequência e irresponsabilidade de adultos despreparados, muitos deles que apenas repetem a história de abandono e omissão da qual também foram vítimas.
Estas crianças, primeiro são odiadas pelos seus progenitores e depois passam a ser odiadas pela sociedade. A mesma sociedade que levanta a bandeira do direito à vida é capaz de virar o rosto em atitude de asco, e atravessar a rua para não passar perto de um menor indigente estirado no chão, cheirando a fezes e urina. O nome disso é hipocrisia.
Os que gostam de apontar pecados, precisam ver que o erro não está em interromper uma gravidez indesejada, mas está antes: na banalização do sexo, na desinformação, nos inúmeros factores que levam um casal a se relacionar e gerar um filho com o mesmo descompromisso com que encaram a própria vida.
Não estou a fazer uma apologia ao aborto; estou a dizer “não” à hipocrisia. As mulheres não deixam de abortar porque isso é um acto ilegal. A decisão de interromper uma gravidez tem como motivo principal o facto de ela não ser desejada, causada por factores que vão desde uma noite de loucura até violência sexual. Se esta decisão for tomada, ela será levada a cabo, independentemente da sua legalidade, em clínicas clandestinas, que podem levar estas mulheres à morte, mutilação ou sequelas de procedimentos mal realizados.
A legalidade do aborto permite que estas mulheres possam ser atendidas clinicamente da maneira que procede, e não coloquem sua vida em risco. Isso é direito à vida.
A legalidade do aborto evita que crianças inocentes venham ao mundo para sofrer e ter uma vida miserável.
A legalidade do aborto evita a clandestinidade dos procedimentos cirúrgicos.
Uma mulher que deseja interromper uma gravidez, seja pelo motivo que for, não é uma criminosa, é um ser humano em aflição, que precisa ser acolhido, amado, orientado e não condenado. É este o papel que nós temos que ter.
A todas as pessoas que olham para estas mulheres com ódio e intolerância, achando que com isso estão a agradar a Deus, fica esta Palavra:
“Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele”. (I João 3:15)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
My Friends
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. É delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí.
E me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem-estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer.
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
Nós não fazemos amigos, reconhece-mo-los.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O Ramadão começa hoje para os muçulmanos de todo o mundo

Para além de se abastecerem em mercados, muitos indonésios preparam a chegada do mês santo do Islão, com a oferta de flores e limpeza das tumbas de familiares.
O mês do Ramadão começa hoje na maioria dos países árabes, decretado pelas autoridades religiosas com base na observação do crescente lunar.
No Iraque, o jejum é iniciado pelos sunitas, enquanto os xiitas só observam a tradição a partir de amanhã.
Na Faixa de Gaza, o Ramadão conta este ano com menos restrições. O aliviamento parcial do bloqueio israelita permitiu abastecer melhor os lojas com bens especialmente concebidos para a celebração muçulmana.
Em 2009, muitas das mesmas prateleiras estavam bastante mais vazias.
Nas margens do Nilo, na capital egípcia do Cairo, os dois dias que antecedem o Ramadão ficaram marcados pelo festival das lanternas, ou Fawanis.
Um evento que pretende atrair turistas – tanto muçulmanos, como de outras confissões – durante o mês do jejum.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Retrato do medo e desespero: Violência pós-eleitoral no Quénia - 2009
As imagens acima exibidas retratam a perseguição de um jovem queniano, nela podemos observar a bota utilizada na sua posterior subjugação por parte de um agente da polícia de choque. Preso pelo medo, nos acontecimentos do período pós-eleitoral do Quénia em 2009. A pergunta me vem ao de cima, como africano que sou, é a seguinte: Aonde vamos parar com tudo isto…? Oprimindo o nosso próprio povo, dantes jogávamos as culpas ao colono e hoje…? BASTARDOS!!!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Transportes em Quelimane, no dia que eu for pra lá, levarei comigo uma bicicleta

Outra coisa, única no país, são as bicicletas-táxi que circulam um pouco por toda a província e, sobretudo, na capital provincial. Aqui, o fenómeno surge, com particular força, em finais de 2006 e alastrou-se de tal maneira que hoje Quelimane pode ser considerada a cidade das bicicletas.
Marisa, peruca até aos ombros, andar bamboleante, entra descontraída no Café “O Coco”, centro da Cidade de Quelimane. Toma um café, pede um whisky para digestivo, fuma um cigarro até meio e apaga a beata. Com gestos cadenciados e propositadamente estudados, chama o “barman”, paga e deixa uma gorjeta. Volta a desfilar rumo à porta de saída, onde está à sua espera, um táxi. Mercedes, BMW, ou Toyota?
Nada disso. Uma bicicleta normal, com uma mini-bagageira e o respectivo taxeiro.
In Jornal "A VERDADE"
Subscrever:
Mensagens (Atom)