quarta-feira, 13 de março de 2013

Cais flutuante para processamento de hidrocarbonetos inaugurado em Moçambique

Um cais flutuante para o processamento de petróleo e de gás natural vai ser inaugurado na cidade de Pemba, em Cabo Delgado, facilitando a actividade das empresas que fazem a prospecção de hidrocarbonetos na bacia do Rovuma, informou o matutino Notícias, de Maputo.

Constituído por um aterro de acesso, com cerca de cem metros de comprimento e uma plataforma flutuante de acostagem capaz de receber dois navios em simultâneo, o novo cais é propriedade da estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), indo ser gerido pela empresa Bolloré Africa Logistics.

Em comunicado, a CFM informou que o novo cais flutuante, cuja construção custou cerca de 12 milhões de dólares, é o primeiro do género no país e foi concebido exclusivamente para manusear petróleo e gás, fazendo com que estes produtos deixem de ser processados no cais comercial do porto de Pemba.

Ilídia Rocha, directora de vendas da Bolloré Africa Logistics, disse que o novo terminal vai fornecer respostas rápidas e mais baratas às necessidades de manuseamento de gás e produtos petrolíferos comparativamente ao porto tradicional, o que vai permitir o desenvolvimento comercial do porto de Pemba e o consequente crescimento da economia naquela região do norte do país.

A construção do terminal petroleiro de Pemba é um projecto alinhado com o Plano Director para o Gás Natural em Moçambique, aprovado em 2012 no pressuposto de que apesar do grande potencial que possui, Moçambique tem poucas infra-estruturas e um grande défice de capital humano qualificado, factores que podem condicionar o objectivo de vir a ser um importante actor mundial em hidrocarbonetos, sobretudo em gás natural. (macauhub)

Grupo sul-coreano vai fornecer soluções energéticas a Moçambique

O grupo sul-coreano Hyosung assinou um contrato no valor de 93 mil milhões de won (85 milhões de dólares) com o governo de Moçambique para o fornecimento de soluções energéticas, informou o grupo em comunicado divulgado na sua página electrónica.

Nos termos do contrato, o grupo vai construir uma central de energia solar com uma potência de 1,3 megawatts no valor de 35 mil milhões de won para o Fundo de Energia (Funae) de Moçambique.

Para a estatal Electricidade de Moçambique o grupo sul-coreano vai fornecer cabos eléctricos e geradores, num negócio com um valor de 58 mil milhões de won.

Estes dois fornecimentos vão contar com o financiamento do Banco de Exportações e Importações (ExIm) da Coreia do Sul.

A central de energia solar, que o grupo Hyosung afirma ser a maior do continente africano, deverá entrar em funcionamento no final de 2014. (macauhub)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Para ajudar nos combustíveis: União Europeia atribui este ano mais 12 milhões de euros ao pais

A União Europeia decidiu atribuir este ano a Moçambique um adicional de 12 milhões de euros para ajudar o país a enfrentar o aumento dos preços dos combustíveis e de bens diversos nos mercados internacionais, informou a delegação da União Europeia em Maputo.

Para o período 2007/2013, a União Europeia aprovou um financiamento de 622 milhões de euros para fomentar o desenvolvimento sócio-económico de Moçambique, segundo a delegação em Maputo, que realçou que a combinação de factores diversos pode causar “efeitos macro-económicos adversos ao país”.

A boa governação, saúde, infra-estruturas, integração regional, segurança alimentar, desenvolvimento rural e sectores sociais são as áreas que mais beneficiam do apoio da União Europeia, de acordo com a instituição, que acrescenta no comunicado que o valor adicional recentemente aprovado visa reforçar a capacidade de o país superar “choques externos imprevistos.”

No comunicado, a delegação da UE salienta que o crescimento da economia de Moçambique “supera as estimativas” mas acrescenta haver preocupações quanto ao “lento processo de reforma do sector da Justiça e dificuldades na gestão das despesas públicas.”

A União Europeia é o maior parceiro externo de Moçambique em termos de ajuda pública ao desenvolvimento e um dos principais contribuintes para o Orçamento do Estado do país. (macauhub)

Emissão de acções permite à Triton Minerals prosseguir prospecção de grafite em Moçambique

A empresa australiana Triton Minerals, anteriormente Triton Gold, encaixou 1,6 milhões de dólares australianos com a emissão de novas acções indo aquele montante ser aplicado no prospecção de depósitos de grafite em Moçambique, informou a empresa.

Em comunicado, a empresa informou ter procedido à colocação de 10 milhões de acções a 5 cêntimos do dólar australiano cada junto de investidores profissionais e tido os actuais accionistas aplicado 1,1 milhões de dólares australianos na empresa ao adquirirem novas acções ao mesmo preço unitário.

“Em resultado deste encaixe, a Triton dispõe agora de uma posição financeira sólida para completar o programa em curso de prospecção nos blocos onde a empresa detém licenças na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique”, pode ler-se no documento.

A Triton Minerals anunciou em Fevereiro passado ter contratado a empresa de Perth Jigsaw Geoscience a fim de iniciar a primeira fase da exploração de grafite nos blocos Ancuabe e Balama, no norte de Moçambique.

Nos termos do contrato, a Jigsaw Geoscience vai apoiar a Triton nos trabalhos de cartografia, recolha de amostras de solo e programa de escavações com a ênfase inicial na licença Balama Norte e no âmbito desta nas zonas já identificadas como contendo grafite.

A Triton Minerals dispõe de cinco licenças mineiras para a exploração de grafite, ficando a de Balama Norte a apenas 3 quilómetros do imenso depósito de grafite de Balama Este, a ser explorado pela também australiana Syrah Resources. (macauhub)

Draga que vai manter aberto canal de acesso ao porto da Beira, em Moçambique, com chegada prevista até Junho

A draga oceânica Macuti, que irá garantir a abertura do canal de acesso ao porto da Beira, deverá chegar a Moçambique apenas no final do primeiro semestre e não este mês como anteriormente previsto, disse o director dos Transportes e Comunicações da província de Sofala.

Carlos Isidoro disse ainda que a draga está praticamente pronta mas que durante a realização de testes foram detectadas algumas deficiências que têm de ser reparadas antes de a mesma poder seguir para Moçambique, de acordo com o jornal moçambicano O País.

Baptizada com o nome Macúti, a draga tem capacidade no porão para 2500 metros cúbicos de sedimentos extraídos e está a ser construída na Lituânia.

Tayob Adamo, presidente da Empresa Moçambicana de Dragagens (Emodraga), referiu que a draga oceânica possui capacidade duas vezes e meia maior em relação às barcaças Alcântara Santos e Aruângua, que têm mil metros cúbicos de porão cada e que actualmente garantem a limpeza do canal de acesso àquele porto.

Esta draga irá garantir uma cota de pelo menos oito metros de profundidade no canal de acesso, fazendo com que navios até 60 mil toneladas de arqueação bruta possam utilizar o porto.

O porto da Beira é actualmente o principal porto utilizado pelas empresas mineiras que extraem carvão na província de Tete para a exportação do produto, que se vêm obrigadas a utilizar barcaças para proceder ao transbordo no alto-mar para navios de maiores dimensões. (macauhub)

Exportação de carvão de Moçambique pelo porto da Beira continua parada

  A exportação de carvão através do porto da Beira continua parada uma vez que as quantidades existentes no respectivo terminal são ainda insuficientes para se reiniciar o processo, afirmou o administrador-delegado da Cornelder de Moçambique, entidade gestora do porto.

Carlos Mesquita disse ao jornal Notícias, de Maputo, que a situação põe em causa o cumprimento das metas de exportação do carvão mineral de Moatize, na província de Tete, fixadas para este ano pelas companhias mineiras Vale Moçambique e Rio Tinto em seis milhões de toneladas contra 2,5 milhões de toneladas em 2012.

Aquele responsável disse ainda que o processo de concentração do carvão de Moatize no porto leva o seu tempo até atingir a quantidade necessária para encher os porões de um navio, o que irá acontecer dentro de um prazo ainda não calculado agora que a linha de caminho-de-ferro do Sena voltou a permitir a circulação de comboios.

Ao anunciar recentemente motivos de força maior para justificar a impossibilidade de cumprir os contratos de fornecimento de carvão mineral de Moçambique, o grupo brasileiro Vale informou ir deixar de exportar pelo menos 250 mil toneladas de carvão.

A linha do Sena esteve fechada ao trânsito devido a um descarrilamento e às cheias que destruíram três pequenas pontes e arrastaram o balastro e as terras onde assentava a linha numa extensão de 800 metros. (macauhub)

Galp assume-se em Londres como produtora de petróleo

A Galp inicia hoje em Londres a apresentação internacional dos projetos que quer desenvolver até 2017 na exploração e produção de petróleo e gás natural, deixando de ser apenas refinadora e distribuidora de combustíveis 

Brasil, Angola e Moçambique são as três zonas do mundo em que a Galp vai concentrar o investimento na Exploração e Produção (EP) de petróleo e gás natural até 2017 - que pode atingir um total acumulado de 7,8 mil milhões -, ano em que o negócio de EP deverá pesar 70% das receitas operacionais antes de impostos e encargos financeiros (EBITDA).

A Galp compromete-se a perfurar sete a 10 poços de petróleo por ano, aumentando a sua produção de petróleo com descobertas petrolíferas que lhe proporcionem uma extração de 100 mil a 200 mil barris por ano. O objetivo da empresa já tinha sido antecipado, mas agora a Galp confirma que conseguirá estar a produzir 300 mil barris de petróleo até 2020 - o que corresponde à capacidade máxima das refinarias de Sines e Matosinhos.

Atualmente, o negócio de exploração e produção da Galp gera 37% do EBITDA da empresa, o que equivale a dizer que a área de produção e exploração de petróleo e gás natural é responsável por pouco mais de um terço da atividade da Galp.

Mas tudo mudará ao fim dos próximos quatro anos. Em 2017, a Galp quer transformar-se numa empresa que será maioritariamente produtora de petróleo e gás natural, e é esse compromisso que hoje está a assumir em Londres perante os analistas e responsáveis de fundos de investimento internacionais.

Isso significa que o volume de investimento da Galp aumentará significativamente no plano de 2013 a 2017, atingindo um valor máximo total neste período de cinco anos de 7,8 mil milhões de euros. Em 2013, o investimento pode variar entre 1,2 mil milhões e 1,4 mil milhões, mas a Galp admite que nos anos seguintes aumentará para 1,4 mil milhões a 1,6 mil milhões anuais.