quarta-feira, 6 de março de 2013

Galp assume-se em Londres como produtora de petróleo

A Galp inicia hoje em Londres a apresentação internacional dos projetos que quer desenvolver até 2017 na exploração e produção de petróleo e gás natural, deixando de ser apenas refinadora e distribuidora de combustíveis 

Brasil, Angola e Moçambique são as três zonas do mundo em que a Galp vai concentrar o investimento na Exploração e Produção (EP) de petróleo e gás natural até 2017 - que pode atingir um total acumulado de 7,8 mil milhões -, ano em que o negócio de EP deverá pesar 70% das receitas operacionais antes de impostos e encargos financeiros (EBITDA).

A Galp compromete-se a perfurar sete a 10 poços de petróleo por ano, aumentando a sua produção de petróleo com descobertas petrolíferas que lhe proporcionem uma extração de 100 mil a 200 mil barris por ano. O objetivo da empresa já tinha sido antecipado, mas agora a Galp confirma que conseguirá estar a produzir 300 mil barris de petróleo até 2020 - o que corresponde à capacidade máxima das refinarias de Sines e Matosinhos.

Atualmente, o negócio de exploração e produção da Galp gera 37% do EBITDA da empresa, o que equivale a dizer que a área de produção e exploração de petróleo e gás natural é responsável por pouco mais de um terço da atividade da Galp.

Mas tudo mudará ao fim dos próximos quatro anos. Em 2017, a Galp quer transformar-se numa empresa que será maioritariamente produtora de petróleo e gás natural, e é esse compromisso que hoje está a assumir em Londres perante os analistas e responsáveis de fundos de investimento internacionais.

Isso significa que o volume de investimento da Galp aumentará significativamente no plano de 2013 a 2017, atingindo um valor máximo total neste período de cinco anos de 7,8 mil milhões de euros. Em 2013, o investimento pode variar entre 1,2 mil milhões e 1,4 mil milhões, mas a Galp admite que nos anos seguintes aumentará para 1,4 mil milhões a 1,6 mil milhões anuais.

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