quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Prémio Puskas para Ronaldo

A estrela do Real Madrid, Cristiano Ronaldo, recebeu o primeiro prémio Puskas, que reconhece o jogador que marcou o melhor golo do ano.
Ronaldo ganhou o prémio inaugural Puskas em reconhecimento a um incrível golo marcado a uma distancia de 40m durante o jogo dos quarto-de-final da liga dos campeões da UEFA, entre o Porto e o Manchester United no dia 15 de Abril.
"Estou muito orgulhoso desse prémio, é uma grande honra para mim", disse Ronaldo, citado no site da FIFA.

O prémio foi criado em honra a Ferenc Puskas, o capitão e eixo central da selecção nacional húngara durante a década de 1950. Puskas marcou 84 golos em 85 jogos internacionais para a Hungria, e 514 golos em 529 jogos dos campeonatos húngaro e espanhol. Ele foi reconhecido como um dos melhores jogadores do século 20 pela revista World Soccer.

Ronaldo, que se acredita ser o jogador mais caro do mundo, já tem um notável conjunto de estatísticas, apesar de ter apenas 24 anos. Ele marcou 136 golos no campeonato, na taça e os jogos do campeonato europeu, em todas as três equipes por onde passou desde 2002.

A mídia húngara incidiu a cobertura da cerimonia através de observações comoventes da imagem de Ronaldo e, ressaltando o papel do património de Puskas na vida dos húngaros, o qual deu aos velhos daquele país um motivo para relembrar os tempos áureos do futebol húngaro, brindando aos mais jovens com mais uma razão para acreditar num futuro mais feliz.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

ANALISANDO DISCURSO DE OBAMA (II)

"Regras de conduta onde a força é necessária"


O Presidente norte-americano lembrou, depois, "os homens e as mulheres em todo o Mundo que foram aprisionados ou agredidos na luta pela justiça, aqueles que trabalham em organizações humanitárias para aliviar o sofrimento, os milhões sem reconhecimento cujos actos silenciosos de coragem e compaixão inspiram até os cínicos mais empedernidos". "Não posso discutir com aqueles que consideram estes homens e estas mulheres, alguns conhecidos, outros desconhecidos por todos menos aqueles que ajudam, bem mais merecedores desta honra do que eu".

Concluído o preâmbulo, Obama passou ao tema da guerra, que admitiu ser "a questão mais profunda em torno" do Prémio Nobel. Uma das frentes herdadas da Administração republicana, o Iraque, "está a acalmar", argumentou o Presidente dos Estados Unidos, 48 horas depois de uma série de acções terroristas coordenadas terem causado mais de 120 mortos em Bagdade. A outra frente, o Afeganistão, "é o conflito que a América não procurou". Uma guerra, disse, em que a América "é acompanhada por outros 43 países, incluindo a Noruega, num esforço para defender todas as nações de futuros ataques".

"Onde a força é necessária, temos um interesse moral e estratégico em estarmos vinculados a certas regras de conduta. E mesmo quando enfrentamos um adversário feroz que não conhece regras, acredito que os Estados Unidos da América devem continuar a ser portadores de padrões na conduta de guerra", vincou Barack Obama.

"Noções da guerra justa"

Adiante Barack Obama frisou: "Não trago, hoje, uma solução definitiva para os problemas da guerra. O que eu sei é que ir ao encontro destes desafios vai exigir a mesma visão, trabalho árduo e persistência dos homens e mulheres que agiram tão corajosamente há décadas. E vai exigir que pensemos de outra maneira sobre as noções da guerra justa e dos imperativos de uma paz justa".

Na condição de "única superpotência militar do Mundo", acrescentou o Presidente norte-americano, a América suscita, hoje, "suspeição".

Ainda assim, Obama reitera que os Estados Unidos não podem actuar a sós perante os desafios globais. Um conceito que abarca, a um tempo, a guerra e a paz, a economia global e a diplomacia mais ou menos musculada, de mira apontada a países como o Irão e a Coreia do Norte, parte do "eixo do mal" outrora enunciado por George W. Bush: "Os regimes que quebram as regras devem ser responsabilizados. Cabe-nos insistir para que nações como o Irão e a Coreia do Norte não joguem com o sistema. Aqueles que procuram a paz não podem permanecer indiferentes enquanto há nações que se armam para uma guerra nuclear".



ANALISANDO O DISCURSO DE OBAMA (I)


Obama defende a "guerra justa" no discurso de Oslo


Nas imediações do Instituto Nobel, em Oslo, uma faixa erguida por activistas dos Direitos Humanos resumia esta quinta-feira a ambivalência suscitada pela escolha do Comité norueguês: "Obama, ganhaste o Prémio. Agora merece-o".

Ao atribuir o Prémio Nobel da Paz de 2009 ao primeiro Presidente afro-americano dos Estados Unidos, o Comité quis, antes de mais, fazer "um apelo à acção em nome de todos", capitalizando as esperanças de um desanuviamento das Relações Internacionais, após os oito anos da Administração republicana de George W. Bush. Foi essa a pedra de toque do discurso de Thorbjørn Jagland , que antecedeu a entrega do galardão. "A História," justificou o presidente do Comité Nobel, "está cheia de ocasiões perdidas": "É agora, hoje, que temos a oportunidade de apoiar as ideias do Presidente Obama".

Os críticos da decisão, como reconheceu Jagland, consideram que o Prémio "chega demasiado cedo". O Nobel da Paz é atribuído apenas nove dias depois de Barack Obama ter decidido destacar mais 30 mil soldados para o Afeganistão, uma das duas frentes de combate de um Presidente em guerra. Longe de reunir a unanimidade, a escolha do Comité é também um factor de fractura nos Estados Unidos, onde os estudos de opinião mostram que dois em cada três norte-americanos entendem que o sucessor de Bush ainda não deu provas de merecer a distinção.

"Profunda gratidão e grande humildade"

Pouco antes do início da cerimónia, durante uma conferência de imprensa, Barack Obama ensaiou o discurso oficial, deixando uma primeira nota de "grande humildade". Depois de salientar que "outros seriam mais merecedores", o Presidente norte-americano não tardou em defender algumas das grandes linhas para a política internacional da sua Administração, do combate ao aquecimento global aos esforços para travar a proliferação de armamento nuclear. Na primeira linha, a cada vez mais improvável estabilização do Afeganistão.

O objectivo, sublinhou Obama, "não é ganhar uma prova de popularidade, ou receber um Prémio, mesmo se é assim tão prestigioso como o Prémio Nobel da Paz".
Já com a medalha nas mãos, Barack Obama começou por se dizer "honrado" e tomado de uma "profunda gratidão e grande humildade". O Prémio, assinalou, "reflecte às nossas maiores aspirações, de que, mesmo com toda a crueldade e dificuldade do nosso Mundo, não somos meros prisioneiros do destino": "As nossas acções importam e podem virar a História na direcção da justiça".
Se for bem sucedido nas minhas missões, espero que as críticas diminuam de intensidade. Se falhar, nenhum cumprimento ou prémio no Mundo poderão esconder o fracasso


"E no entanto seria omisso se não reconhecesse a considerável controvérsia que a vossa generosa decisão gerou. Em parte, isto acontece porque estou no início, não no fim, do meu trabalho no palco do Mundo. Em comparação com alguns dos gigantes da História que receberam este Prémio, Schweitzer e King, Marshall e Mandela, as minhas conquistas são pequenas", acrescentou.

Continua...

ANALISANDO O DISCURSO DE OBAMA


Tendo em conta a constante valorização mediática do superficial e do anedótico, é bem provável que o discurso de Barack Obama, agradecendo o Prémio Nobel da Paz, acabe muitas vezes por ser reduzido a citações mais ou menos telegráficas, fora de contexto, aliás, um pouco por toda a parte, já está a sê-lo.

Não que as palavras do Presidente dos EUA sejam, possam ser ou devam ser consensuais. Aliás, num misto de objectividade e distanciamento, a BBC resume a sua dura complexidade através de um título revelador: “Obama defende a guerra no momento de receber o Prémio Nobel da Paz”. Daí a necessidade de não nos ficarmos por frases soltas, supostamente portadoras de "polémica" ou mediaticamente forçadas a isso — daí também a sugestão a leitura do discurso, na íntegra, através do link disponível no final deste texto.

Afinal de contas, este foi o discurso em que, a certa altura, Obama disse: "Temos que começar por reconhecer a crua verdade: não conseguiremos erradicar os conflitos violentos durante as nossas vidas. Haverá momentos em que as nações — agindo individualmente ou em aliança — considerarão o uso da força, não apenas necessário, mas moralmente justificado."

Devo confessar que, este foi um discurso de enorme complexidade política e de radical desafio filosófico. No seu ponto de fuga utópico, e de acordo com a herança ética de Martin Luther King Jr, recordada por Obama, está ali patente a vontade de não abdicar daquilo que King chamava a possibilidade moral (ou seja, "oughtness", na língua da sua majestade) do ser humano — Let us reach for the world that ought to be.

Um preâmbulo de "grande humildade" e uma longa apologia da "guerra justa", contra "um adversário que não conhece regras", cunharam quinta-feira passada, em Oslo, a intervenção de Barack Obama na cerimónia de entrega do Nobel da Paz. Ao receber o Prémio, o Presidente dos Estados Unidos reconheceu a "considerável controvérsia" gerada pela decisão do Comité.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Guarda-redes alemão urina em pleno jogo da Liga dos Campeões

Atitude infantil, essa do Lemahn
Aí está ele! Jens Lehmann, considerado um dos melhores guarda-redes na Alemanha, estava assim meio para o apertado em pleno jogo. O que é que tu farias? Ias tambem dar uma mija?

O guarda-redes alemão Jens Lehmann, do Stuttgart, é conhecido por não ter atitudes comuns. E ntretanto, desta vez ele chamou mais a atenção. Agora, o veterano guarda-redes do Estugarda demonstrou também toda a sua imaginação durante o encontro da sua equipa com o Unirea, na passada quarta-feira, referente à última jornada da Liga dos Campeões.


A atitude chamou a atenção da torcida e da imprensa. Entretanto, quando sua equipe sofria um ataque, o guarda-redes interrompeu seu acto e rapidamente pulou para dentro do campo. A equipe alemã venceu por 3 a 1 e se classificou para as oitavas-de-final.

Lehmann tem 40 anos e já jogou 61 vezes pela seleção alemã principal, tendo sido convocado para as três últimas Copas do Mundo. Desde o ano passado ele não é mais convocado. Revelado pelo Schalke, clube pelo qual actuou dez anos, depois passou rapidamente por Milan, até fazer carreira no Borussia Dortmund e no Arsenal.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bola de Ouro para Messi


O astro português, Cristiano Ronaldo, ficou em segundo; em sexto, Kaká foi o melhor brasileiro.


O atacante argentino Lionel Messi, de 22 anos, foi eleito o melhor jogador da temporada passada pela revista France Football. O vencedor do prémio Bola de Ouro de 2009, um dos mais importantes do futebol mundial, o mesmo foi anunciado pela publicação francesa nesta segunda-feira (30).

O atacante do Barcelona venceu a eleição com 473 pontos. O português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, obteve 233 e o espanhol Xavi, do Barcelona, 170. O também espanhol Andrés Iniesta, do Barça, somou 149 pontos e terminou na quarta posição, à frente do camaronês Samuel Eto'o, do Inter de Milão, com 75 pontos.

O brasileiro Kaká, do Real Madrid, ficou na sexta posição, com 58 pontos.

Cristiano Ronaldo foi Bola de Ouro em 2008 e Kaká levou o título em 2007.

Messi é o terceiro jogador mais jovem a receber o prémio, Ronaldo levou com 21 anos, e para o inglês MIchael Owen, aos 22 anos. O jogador do Barcelona é o primeiro argentino sem dupla nacionalidade a conquistar a Bola de Ouro. Alfredo di Stéfano e Sívori também já haviam ganho a premiação, mas depois de terem obtido as nacionalidades espanhola e italiana, respectivamente.

O argentino também é favorito para levar também o prémio de jogador do ano da Fifa, em votação que tem como eleitores os técnicos e capitães das seleções de todo o Mundo.

Entre os jogadores mais votados neste ano pelo painel de cerca de 70 jornalistas de todo o mundo estão cinco brasileiros: Kaká, Luis Fabiano (16º), Julio César (21º), Maicon (24ª), e Diego (25º).

O Barcelona teve sete jogadores entre os mais votados: Messi, Xavi, Iniesta, Eto'o (que foi para o Inter este ano), Zlatan Ibrahimovic (7º, procedente do Inter), Thierry Henry (15º) e Yaya Touré (28º).

Nascido em 24 de Junho de 1987, em Rosário, na província de Santa Fé, Messi tem o apelido de “pulga” e começou a jogar futebol ainda criança, nas divisões de base do Newell's Old Boys, de onde passou ao River Plate.

No ano 2000, Messi chegou ao Barcelona, onde se destacou na equipe infantil do time espanhol, e jogou pela primeira vez no time principal em 2003, iniciando assim sua gloriosa carreira profissional.