segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Morte de Nelson Mandela faz manchete dos jornais do mundo

Jornais do mundo inteiro deram grande destaque à morte do ex-presidente da da África do Sul, Nelson Mandela , conhecido mundialmente por sua luta contra o regime do Apartheid. Na Grã-Bretanha os jornais The Guardian, The Daily Telegraph e The Independent dedicaram capas inteiras ao ex-líder sul-africano.

A edição final do tablóide britânico The Sun inclui doze páginas de tributo, enquanto o Times conta com um encarte de dezasseis páginas contando sobre sua vida na prisão, e relembrando a primeira eleição na África do Sul aberta a eleitores de todas as raças do país.

A edição também inclui o texto de seu discurso feito durante seu julgamento em 1964 em que ele respondia por acusações de sabotagem.

O The Daily Telegraph descreve Mandela como “o arquitecto que transformou a África do Sul de despotismo racial em uma democracia liberal”, e conta sua vida em um obituário dividido em sete partes.
Para o editor do The Independet, Paul Vallely, “Ele era um modelo de fé, esperança, e caridade. Havia algo sobre ele que o mundo aspirava.”

O The Guardian publicou uma linha do tempo com os momentos mais importantes da vida de Mandela. E em sua versão online os leitores são convidados a clicar nas imagens mais impressionantes feitas do ex-líder do Congresso Nacional Africano.

Lembrando que o nome dado à Mandela no nascimento, Rolihlahla, tem o significado tribal de “um que traz problema sobre si”, o Daily Mirror diz “A história vai registar que Nelson era um herói que causou problemas durante toda a sua vida, até seus últimos anos quando seus olhos ainda brilhavam e ouvíamos sua risada sem vergonha.”
"Libertador do seu povo"

O diário americano The New York Times também dedicou sua primeira página ao ex-presidente, com a manchete “Conquistador do Apartheid na África do Sul, como combatente, prisioneiro, presidente e símbolo”.

A manchete do Washington Post relata a morte do homem “que curou uma nação”, e o jornal ressalta ainda que “sua vida heróica e estatura moral imponente fizeram dele um dos estadistas mais influentes da história.”
Para o espanhol El Pais, Mandela “foi o homem que derrotou o racismo”, e descreve o ex-presidente como alguém que tinha “à sua disposição um cocktail sedutor e irresistível composto por um encanto infinito, nascido com uma imensa segurança em sim mesmo, princípios inflexíveis, visão estratégica e um pragmatismo absoluto.” Para o jornal, “sua biografia traça a vida de uma personalidade única”.

O argentino Clarín descreve Mandela como “símbolo da dignidade e da luta contra o ódio”. O diário lembra também a visita de Mandela à Argentina em 1998, e como o ex-líder foi ovacionado durante cinco minutos no Senado argentino.

O jornal francês Le Monde optou pela simples, e directa, manchete “Nelson Mandela está morto”. O diário diz ainda que Mandela tem sido comparado, por seu carisma e feroz determinação, a Mahatma Gandhi, Dalai Lama e Martin Luther King. Mas ressalta que “é mais provável que Nelson Rolihlahla Mandela represente para a África o que Abraham Lincoln foi para os Estados Unidos e Simón Bolívar para a América do Sul: Um libertador.”(Cdb)









África e o Mundo choram Madiba


Com o seu desaparecimento físico, Nelson Mandela, mergulhou no inconsciente colectivo da humanidade para nunca mais sair de lá porque se transformou num arquétipo universal, do injustiçado que não guardou rancor, que soube perdoar, reconciliar pólos antagónicos e nos transmitir uma inarredável esperança de que o ser humano ainda pode ter jeito. Depois de passar 27 anos de reclusão e eleito presidente da África do Sul em 1994, se propôs e realizou o grande desafio de transformar uma sociedade estruturada na suprema injustiça do Apartheid que desumanizava as grandes maiorias negras do pais condenando-as a não-pessoas, numa sociedade única, unida, sem discriminações, democrática e livre.


E o conseguiu ao escolher o caminho da virtude, do perdão e da reconciliação. Perdoar não é esquecer. As chagas estão ai, muitas delas ainda abertas. Perdoar é não permitir que a amargura e o espírito de vingança tenham a última palavra e determinem o rumo da vida. Perdoar é libertar as pessoas das amarras do passado, é virar a página e começar a escrever outra a quatro mãos, de negros e de brancos. A reconciliação só é possível e real quando há a admissão completa dos crimes por parte de seus autores e o pleno conhecimento dos actos por parte das vítimas. A pena dos criminosos é a condenação moral diante de toda a sociedade.

Uma solução dessas, seguramente originalíssima, pressupõe um conceito alheio à nossa cultura individualista: o Ubuntu que quer dizer: “eu só posso ser eu através de você e com você”. Portanto, sem um laço permanente que liga todos com todos, a sociedade estará, como na nossa, sob risco de dilaceração e de conflitos sem fim.

Deverá figurar nos manuais escolares de todo mundo esta afirmação humaníssima de Mandela:”Eu lutei contra a dominação dos brancos e lutei contra a dominação dos negros. Eu cultivei a esperança do ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas e em harmonia e têm oportunidades iguais. É um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar. Mas, se preciso for, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”.

Por que a vida e a saga de Mandela funda uma esperança no futuro da humanidade e de nossa civilização? Porque chegamos ao núcleo central de uma conjunção de crises que pode ameaçar o nosso futuro como espécie humana. Estamos em plena sexta grande extinção em massa. Cosmólogos (Brian Swimm) e biólogos (Edward Wilson) nos advertem que, a correrem as coisas como estão, chegaremos por volta do ano 2030 à culminância desse processo devastador. Isso quer dizer que a crença persistente no mundo inteiro, de que o crescimento económico material nos deveria trazer desenvolvimento social, cultural e espiritual é uma ilusão. Estamos a viver tempos de barbárie e sem esperança.

Cito o insuspeito Samuel P. Huntington, antigo assessor do Pentágono e um analista perspicaz do processo de globalização no término de seu O choque de civilizações: “A lei e a ordem são o primeiro pré-requisito da civilização; em grande parte no mundo elas parecem estar evaporando; numa base mundial, a civilização parece, em muitos aspectos, estar cedendo diante da barbárie, gerando a imagem de um fenómeno sem precedentes, uma Idade das Trevas mundial, que se abate sobre a Humanidade”(1997:409-410).

Acrescento a opinião do conhecido filósofo e cientista político Norberto Bobbio que como Mandela acreditava nos direitos humanos e na democracia como valores para equacionar o problema da violência entre os Estados e para uma convivência pacífica. Em sua última entrevista declarou:”não saberia dizer como será o Terceiro Milénio. Minhas certezas caem e somente um enorme ponto de interrogação agita a minha cabeça: será o milénio da guerra de extermínio ou o da concórdia entre os seres humanos? Não tenho condições de responder a esta indagação”.

Face a estes cenários sombrios Mandela responderia seguramente, fundado em sua experiência política: sim, é possível que o ser humano se reconcilie consigo mesmo, que sobreponha sua dimensão de sapiens à aquela de demens e inaugure uma nova forma de estar juntos na mesma Casa.

Talvez valham as palavras do amigo pessoal de Mandela, o também sul-africano arcebispo Desmond Tutu que coordenou o processo de Verdade e Reconciliação: “Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correcções, viremos agora a página — não para esquecer esse passado, mas para não deixar que nos aprisione para sempre. Avancemos em direcção a um futuro glorioso de uma nova sociedade em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito, criadas à imagem de Deus”.
Essa lição de esperança nos deixa Mandela: nós ainda viveremos se sem discriminações pusermos em prática de fato o Ubuntu.(Leonardo Boff é filósofo e escritor, escreveu Cuidar da Terra, proteger a vida: como evitar o fim do mundo, Record, Rio 2010)






Você é assertivo?

Aqui vai uma palavra que precisa fazer parte de você. A origem da palavra “assertividade” é do latim “assertus” ou “asserere”, que significa “afirmar, manter, clamar direitos sobre algo; abraçar um ponto de vista com firmeza”. Ser uma pessoa assertiva significa saber dizer “sim” ou “não” quando for preciso. É o equilíbrio entre passividade e agressividade.

A pessoa que não é assertiva acaba pendendo para um dos dois extremos. Ou ela é passiva ou é agressiva.

No extremo da passividade, a pessoa acredita assim:

  • Outros são mais importantes, mais inteligentes ou melhores que eu
  • As pessoas não gostam de mim porque eu não tenho muitas qualidades
  • Minha opinião não tem valor e nunca será valorizada
  • Tenho que ser perfeito em tudo o que faço, caso contrário, eu sou um fracasso total
  • É melhor ficar na minha e não dizer nada ao invés de falar o que penso


No extremo da agressividade, a pessoa acredita assim:

  • Eu sou mais inteligente e mais poderoso que os outros
  • Não dá para confiar em ninguém, as pessoas são todas irresponsáveis
  • Esse é um mundo cão; tenho que pegar os outros antes que me peguem
  • A única maneira de conseguir as coisas é dar ordens. Pedir é sinal de fraqueza
  • Quem não joga duro pelo que quer só tem o que merece


No equilíbrio da assertividade, a pessoa acredita assim:

  • Eu sou igual aos outros, com os mesmos direitos básicos de todo mundo
  • Eu sou livre para pensar, me expressar, escolher e tomar decisões por mim mesmo
  • Eu tenho o direito de tentar, cometer erros, aprender e melhorar
  • Eu sou responsável por minhas próprias atitudes e por minhas reacções a outras pessoas
  • Eu não preciso de permissão para tomar atitudes que não desrespeitem ninguém
  • Não é o fim do mundo discordar dos outros. Acordo nem sempre é necessário ou possível
  • Eu tenho o direito de dizer “não” ou “sim” quando preciso


Ser assertivo é ter confiança em si mesmo e consciência do valor próprio, com equilíbrio e responsabilidade. E isso é uma qualidade rara nas pessoas. É rara porque deriva de crenças sadias, equilibradas e justas.

E aí, mais uma vez, você vê o papel da fé inteligente — a crença nos princípios de Deus. A fé inteligente produz assertividade. Já a religião produz um dos dois extremos — basta olhar ao redor e ver.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

REFLEXÕES UNIVERSAIS: Google homenagea Madiba

REFLEXÕES UNIVERSAIS: Google homenagea Madiba: O motor de busca mais popular do planeta, Google, postou o nome do herói, não só da África do Sul, mais também da humanidade inteira, pel...

Google homenagea Madiba


O motor de busca mais popular do planeta, Google, postou o nome do herói, não só da África do Sul, mais também da humanidade inteira, pelos seus feitos de tolerância, honestidade e luta quase que eterna contra o racismo, na sua página de pesquisa. Ao abrir o site www.google.com pode se ver o nome completo do herói da luta contra o movimento segregacionista do Apartheid (Nelson Rolihlahla Mandela), bem como, o período em que esteve entre nós (1918-2013).



Madiba como era mundialmente conhecido o seu nome sofria de uma infecção pulmonar, doença que se acredita ter contraído aquando da sua estadia na prisão, pelos seus actos contra o regime racista nos tempos áureos de Peter Botha.


Ao clicar no nome, o leitor poderá ser conduzido ao Projecto do Arquivo Digital contendo informações, fotos de momentos marcantes da vida do homem que lutou pela justiça, abrindo mão da sua própria liberdade pela da sua nação durante 27 anos. 

O projecto Arquivo Digital Nelson Mandela visa localizar, documentar, digitalizar, e garantir o acesso  de todo o arquivo material da vida de Madiba.

"A prisão, longe de quebrar o nosso espírito, tornou-nos mais unidos a prosseguir com a nossa luta até a conquista da vitória", Mandela, falando sobre os anos em que esteve na prisão.





quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Quem não usa a fé é



É Como quem tem um computador de última geração mas só o usa para enviar e receber e-mails…


Como quem tem o melhor seguro de saúde privado mas quando fica doente pega fila no hospital público…

Como quem tem uma Camaro na garagem mas pega o autocarro superlotado todo dia…

Como quem tem o chef do restaurante mais premiado à disposição mas come todo dia na barraca da esquina…

Como quem tem o guarda-roupas cheio dos trajes mais finos, desenhados pelos melhores designers da Europa, mas se veste como um mendigo…

…assim é quem não usa a fé em Deus.

Tudo é possível ao que crê. (Marcos 9.23)

Todos têm fé. Poucos sabem usá-la. Qualquer um pode aprender.

Eleições em Moçambique: Resultados do MDM mudam xadrês político do país

Alguns analistas dizem que a vitória eleitoral do Movimento Democrático de Moçambique-MDM nas três principais cidades moçambicanas a norte do rio Save mostra que o partido Frelimo, no poder, terá que reagir rapidamente para inverter a tendência de voto, nas eleições legislativas e presidenciais do próximo ano, sob pena de sofrer pesado revés.
Nas recentes eleições autárquicas, o MDM ficou com as autarquias de Quelimane e Beira, no centro do país, e Nampula, no norte, uma vitória que, segundo o sociólogo Pedro  Zibia, representa um sinal de mudança, embora numa primeira fase, isso se reflicta apenas ao nível dos municípios, uma vez que o MDM é um partido com uma implantação  ainda muito localizada, num país tao extenso como é Moçambique.

Na sua opinião, uma das implicações desta vitória é ela funcionar como um factor de pressão sobre a Frelimo e a Renamo para o fim da presente tensão político-militar no país, pela relevância que o MDM passa a ter no debate politico nacional, ao ocupar um espaço deixado em aberto pela Renamo.

O que ficou claro nestas eleições é que os militantes da Frelimo nao votaram no seu Partido, o que significa que há um descontentamento no seio deles, e muitos não se revêem nas suas políticas e no discurso do seu Partido.

Para o analista Luis Loforte, a vitória do MDM traduz o facto de que, se calhar, a Frelimo ainda acredita que a maior parte dos moçambicanos, continua a pensar que é a direcção deste Partido que sempre vai encontrar soluções para os seus problemas.

A Frelimo, esqueceu-se de que durante os anos da sua governação investiu muito na formação das pessoas, de tal ordem que essas pessoas formadas já começam a questionar, e ela não foi capaz de entender que os questionamentos sempre precisam de estudo e de reanálise das situações.

“Esta é a consequência de termos um exército de jovens formados que aprenderam a questionar, e como não têm encontrado respostas adequadas, então, estes resultados São consequências disso”, referiu Luis Loforte.

Contudo, para o analista, estas vitórias do MDM a norte do rio Save têm outras implicações de unidade nacional. Se fossem apenas vitórias politicas como existem em todos os países democráticos, não haveria problemas, “mas eu tenho vindo a notar que as vitórias do MDM a norte do rio Save, algumas pessoas associam a algumas injustiças, a alguns desequilíbrios regionais, metem algumas tónicas de tribalismo, de regionalismo, e isto é muito perigoso”.

Entretanto, Luís Loforte considera que a vitória do MDM é também benéfica para a jovem democracia moçambicana, porque uma democracia sem o contraditório não é robusta e dificilmente pode crescer, mas lamenta o facto de algumas pessoas, após a vitória do MDM em Quelimane, terem afirmado que os munícipes desta cidade se libertaram da escravidão e que o povo da Zambézia não pode ser governado por estrangeiros, o que já ultrapassa os objectivos.

“Não ponho em causa qualquer virtualidade, qualquer mérito de haver Assembleias Municipais diversificadas. Se fosse só isso, eu ficava muito feliz com isso, porque também é mau a Frelimo ganhar tudo, porque aí a arrogância das pessoas havia de subir. Eu desejava, de facto, que houvesse este equilíbrio que traga a discussão e traga melhores ideias para o desenvolvimento da coisa comum”, sublinhou.

Em termos de implicações desta vitória nas eleições legislativas e presidenciais do próximo ano, é preciso ter em conta que o MDM ganhou em toda a linha. Mesmo nos municípios onde a Frelimo ganhou as presidências e a maioria nas assembleias municipais, há lugares que vao ser ocupados por elementos do MDM.


A jornalista Célia Mahanjane acha que a vitória do MDM em Quelimane, Nampula e Beira vai fazer com que as eleições legislativas do próximo ano permitam a formação de um parlamento mais equilibrado.

Mahanjane entende que o parlamento seria mais equilibrado ainda se a Renamo participasse nas próximas eleições.

Inédito: Assassinato de taxista moçambicano chega ao cinema

Drama de taxista moçambicano assassinado, na África do Sul, chega ao cinema.
A vida de Mido Macia, o taxista moçambicano torturado e assassinado por polícias sul-africanos em Fevereiro de 2013, vai ser retratada num documentário produzido por dois cineastas moçambicanos radicados na África do Sul.


Charles Khosa e Glen Sthole estão a produzir um documentário que apresenta a vida do taxista moçambicano, que no início do ano, foi amarrado a um carro da polícia e arrastado durante centenas de metros, acabando por morrer numa cela.

Para escoamento de carvão: Tailandesa ganha concessão de 525 km de linha ferrea em Moçambique

A empresa tailandesa Italthai Engineering ganhou o concurso para a construção de uma linha férrea de 525 quilómetros no centro de Moçambique, orçada em cerca de 2,6 mil milhões de euros.


Em comunicado divulgado após a sessão semanal, o Conselho de Ministros moçambicano afirmou que a Italthai Engineering terá a cargo a construção do Porto de Macuse, província de Quelimane, centro do país, e da respectiva linha férrea até ao distrito de Moatize, província de Tete, rica em carvão.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Palavras que machucam...

Pensar antes de falar é uma rara habilidade. Nem todos têm e mesmo quem tem às vezes esquece de usar. Por que falamos sem pensar nas consequências?

Porque estamos frustrados por alguma coisa. Porque sentimos raiva. Porque queremos preencher o vazio. Porque queremos ser engraçados. Porque queremos chamar atenção. Porque queremos dar o troco. Porque queremos tirar uma reação da outra pessoa. Porque somos pobres na comunicação. Porque, na verdade, somos egoístas.

Egoístas e às vezes fracos diante de nossas emoções. Daí, a sabedoria e a inteligência dão as mãos e vão passear.

O que podemos fazer para evitar falar sem pensar?

Pensar mais nos outros, menos em nós, e praticar o domínio de nossas emoções.

Por outro lado, o que podemos fazer quando alguém nos fala palavras que machucam?

Curiosamente, a mesma solução se aplica: pensar menos em nós, mais na outra pessoa, e dominar nossas emoções.

Em vez de deixarmos aquelas palavras nos ferirem, podemos focar na outra pessoa e tentar entender por que ela falou aquilo. Compreendê-la. Dar um desconto para seu momento de fraqueza. Tentar descobrir o que ela realmente quis dizer mas falhou na escolha das palavras. E focar nisso.

É sábio pensar antes de falar. É inteligente saber reagir quando alguém lhe fala antes de pensar.

Problemas de comunicação...

Um dos maiores problemas das pessoas sempre foi a deficiência na comunicação. Não conseguem (ou não se esforçam para) compreender o que o próximo quer dizer e também fracassam em expressar seus pensamentos.

Mesmo sem querer, comunicam ignorância, arrogância, estupidez e outros atributos não admiráveis. Rompem amizades. Semeiam contendas. Geram brigas. Magoam entes queridos. Perdem a admiração de quem lhes observa.

Todos nós somos vitimas e culpados disso ao mesmo tempo. É um mal do ser humano.

Mas isso não é desculpa para não melhorar. O primeiro passo é reconhecer a importância de comunicar bem. Entender e se fazer entendido. Reconhecendo isso, podemos ir afiando nossas habilidades de comunicação: ouvir, falar, escrever, ler, comunicar com o corpo e a aparência, tom de voz, brevidade, clareza, conteúdo, silêncio… Há muitas áreas que formam a boa comunicação onde podemos melhorar.

Reconheça que precisa. Identifique seus pontos fracos. Comece a fazer algo a respeito.

Muita coisa em sua vida pode mudar para melhor se você melhorar sua comunicação.

Um erro clássico que todo casal comete...

Algum problema está cozinhando entre o casal. Ninguém fala nada por um tempo, até que um não aguenta e aponta: “Você poderia fazer mais isso e menos aquilo/ser mais assim e menos assado.”

A observação é justa. O outro realmente está falhando, e se parar um pouco para pensar no que ouviu, vai reconhecer. Mas normalmente, o instinto de se defender supera a razão e a pessoa responde: “Sim, mas você também tem feito isso e aquilo e aquilo outro. E além disso, tem sido assim e assim comigo.”

O instinto é tirar o foco dos próprios erros e colocá-lo nos erros do outro. Dividir a culpa. Não parecer que é tão mau assim.

O problema é que não funciona. Vocês vão ficar nessa até os cabelos embranquecerem e não vão resolver nada, só piorar.

A solução? Troque a vírgula depois do “sim” pelo ponto final. E o “mas” pelo “reconheço”.

Quando seu parceiro aponta um comportamento seu que é ruim para o relacionamento, em vez de responder, “Sim, mas…” e completar com outra acusação, apenas diga “Sim.” Ponto final. Não emende com um apontar de dedo para o outro. Se for falar alguma coisa mais, que seja seu reconhecimento do erro, ou alguma pergunta para entender melhor o que seu parceiro está dizendo.

“Sim. Reconheço que eu fico muito tempo vendo TV e quase não te levo para sair. Como é que a gente pode melhorar isso? Tenho algumas ideias mas gostaria também de ouvir as suas.”

Quer dizer, conduza a conversa para uma resolução satisfatória. Entrem num acordo. Combinem o que farão diferente. E aí façam como combinado.

É claro que você deve ter suas reclamações também. Mas não é o momento certo trazê-las à tona na mesma hora que o outro apontou seus erros. Vira pingue-pongue.

Em outro momento, talvez outro dia, você traz a sua reclamação. E aí siga o mesmo processo. Se o outro cometer o erro de se defender, você simplesmente o lembra: “Amor, terei o prazer de lidar com essa sua reclamação mais tarde, como eu fiz com a minha da última vez, mas agora eu queria que conversássemos sobre esse ponto que eu levantei.”

Isso sim, funciona.

Lembre-se, troque a vírgula pelo ponto final e o “mas” pelo “reconheço”. E um assunto de cada vez.

Só pingue, não pongue.

OS TRÊS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE "O GRANDE"

Quando estava à beira da morte, Alexandre, "O Grande", convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos mais eminentes médicos da época;

2. Que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...); e

3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.
Alexandre explicou:

1. Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Por quais princípios e valores você vive?


Todo mundo vive por certos princípios e valores. Bons, maus, estranhos, repulsivos — sejam como for, esses valores e princípios existem e cada um vive por aqueles que escolhe crer.


Princípios e valores são na essência crenças que guiam nossas decisões e visão do mundo. Desde que nascemos, essas crenças têm nos formado e definido quem somos e o que fazemos. Alguns vivem pelos princípios e valores da religião em que nasceram. Outros escolhem alguém como modelo e seguem sua filosofia. Gandhi. Mandela. Steve Jobs. Hitler. Marx. Mother Theresa. Bono. Bin Laden. Todo mundo segue algum conjunto de princípios e valores, mais provavelmente uma salada de vários que absorveu ao longo da vida.

Não há quem não viva sem princípios. Quando alguém diz, “Fulano não tem princípios” — na verdade, está dizendo que aquela pessoa tem maus princípios. Os ladrões, traficantes, estupradores também têm seus princípios, pelos quais justificam o que fazem.

Concluindo então que ninguém vive sem princípios e valores, a pergunta é, por quais você vive? E também importante: é possível deixar princípios antigos e adquirir novos?

Respondendo a última pergunta primeiro: sim, é possível. Você provavelmente já trocou alguns ao longo da vida, para melhor ou para pior. Normalmente quando trocamos nossos princípios e valores, aquele momento se torna um ponto de mudança em nossas vidas — tamanho é o poder que eles têm de nos influenciar.

Por isso a primeira pergunta é crucial: Por quais princípios e valores você escolheu viver?

A inteligência espiritual me ensina que se princípios e valores ditam a minha vida, e eu quero ter a melhor qualidade de vida possível, então eu devo adoptar os melhores princípios e valores que existem.

Onde encontrá-los? Quem os tem? Como saber que realmente são os melhores?

Os resultados comprovam os que é bom ou ruim. Os princípios e valores que mais têm mudado vidas para melhor são, sem dúvida alguma, os princípios de Deus.

Quem os tem? O Senhor Jesus Cristo foi a pessoa que os viveu e ensinou. E Nele não houve mau exemplo, como é possível encontrar em todos os outros “grandes” líderes que ensinaram muitas coisas boas, mas também fizeram coisas más.

Onde encontrá-los os princípios Dele? Nas palavras da Sua mensagem, a saber, nos Evangelhos e nas Escrituras bíblicas.

É por isso que eu creio Nele, moldo minha vida totalmente nas Palavras Dele, e medito nessas Palavras todos os dias.

Não é sorte. É escolha. E está também ao seu alcance.

(Bispo Renato Cardoso)