segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Morte de Nelson Mandela faz manchete dos jornais do mundo

Jornais do mundo inteiro deram grande destaque à morte do ex-presidente da da África do Sul, Nelson Mandela , conhecido mundialmente por sua luta contra o regime do Apartheid. Na Grã-Bretanha os jornais The Guardian, The Daily Telegraph e The Independent dedicaram capas inteiras ao ex-líder sul-africano.

A edição final do tablóide britânico The Sun inclui doze páginas de tributo, enquanto o Times conta com um encarte de dezasseis páginas contando sobre sua vida na prisão, e relembrando a primeira eleição na África do Sul aberta a eleitores de todas as raças do país.

A edição também inclui o texto de seu discurso feito durante seu julgamento em 1964 em que ele respondia por acusações de sabotagem.

O The Daily Telegraph descreve Mandela como “o arquitecto que transformou a África do Sul de despotismo racial em uma democracia liberal”, e conta sua vida em um obituário dividido em sete partes.
Para o editor do The Independet, Paul Vallely, “Ele era um modelo de fé, esperança, e caridade. Havia algo sobre ele que o mundo aspirava.”

O The Guardian publicou uma linha do tempo com os momentos mais importantes da vida de Mandela. E em sua versão online os leitores são convidados a clicar nas imagens mais impressionantes feitas do ex-líder do Congresso Nacional Africano.

Lembrando que o nome dado à Mandela no nascimento, Rolihlahla, tem o significado tribal de “um que traz problema sobre si”, o Daily Mirror diz “A história vai registar que Nelson era um herói que causou problemas durante toda a sua vida, até seus últimos anos quando seus olhos ainda brilhavam e ouvíamos sua risada sem vergonha.”
"Libertador do seu povo"

O diário americano The New York Times também dedicou sua primeira página ao ex-presidente, com a manchete “Conquistador do Apartheid na África do Sul, como combatente, prisioneiro, presidente e símbolo”.

A manchete do Washington Post relata a morte do homem “que curou uma nação”, e o jornal ressalta ainda que “sua vida heróica e estatura moral imponente fizeram dele um dos estadistas mais influentes da história.”
Para o espanhol El Pais, Mandela “foi o homem que derrotou o racismo”, e descreve o ex-presidente como alguém que tinha “à sua disposição um cocktail sedutor e irresistível composto por um encanto infinito, nascido com uma imensa segurança em sim mesmo, princípios inflexíveis, visão estratégica e um pragmatismo absoluto.” Para o jornal, “sua biografia traça a vida de uma personalidade única”.

O argentino Clarín descreve Mandela como “símbolo da dignidade e da luta contra o ódio”. O diário lembra também a visita de Mandela à Argentina em 1998, e como o ex-líder foi ovacionado durante cinco minutos no Senado argentino.

O jornal francês Le Monde optou pela simples, e directa, manchete “Nelson Mandela está morto”. O diário diz ainda que Mandela tem sido comparado, por seu carisma e feroz determinação, a Mahatma Gandhi, Dalai Lama e Martin Luther King. Mas ressalta que “é mais provável que Nelson Rolihlahla Mandela represente para a África o que Abraham Lincoln foi para os Estados Unidos e Simón Bolívar para a América do Sul: Um libertador.”(Cdb)









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