quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desabafo de um cidadão brasileiro


Por Hamilton Antonio

Ao longo desta minha vida de jornalista e radialista, fiz amizade com pessoas de vários segmentos da sociedade, pessoas que trabalham em profissões diferentes, entre estes, trabalhadores estão os policiais civis e militares, e foi numa destas conversas que pude entender como agem os delinquentes, principalmente os que traficam drogas. Primeiro como sempre me diz um policial respeitado entre tantos na cidade, é que traficante não tem pena dos nossos filhos, se eles puderem aliciar principalmente os menores para trabalhar para eles na venda de drogas eles o fazem, mas não sem antes viciá-los, pois assim os terá em suas mãos.
Enfim traficante é capaz de tudo para se dar bem, e no Brasil apesar do combate das autoridades, colocando os bandidos perigosos em prisões de segurança máxima, eles ainda de dentro destas fortalezas comandam grupos do lado de fora da prisão que estão ao seu dispor prontos para cumprir o que os chamados chefes determinam.
E o traficante Fernandinho Beira-Mar foi flagrado articulando a operação de sequestro do filho do presidente Lula, um dos mais populares homens públicos da história do Brasil, é porque o bandido criou espaços para isso e estava confiante na sua capacidade de chefiar um crime desta envergadura, e de dentro de uma prisão de segurança máxima.
Neste e em outros casos precisamos de fazer varias perguntas:
O que impede uma prisão de “segurança máxima” ser de segurança máxima?
Como Fernandinho Beira-Mar consegue os contactos com o mundo externo?
Por que os despachos com os advogados do traficante não podem ser gravados?
Por que ainda se permite visitas íntimas aos que brutalmente mandam matar, sequestrar, roubar, assaltar e traficar?
Como é possível que Fernandinho Beira-Mar ainda tenha acesso a meios de comunicação como rádio, TV e internet dentro da prisão?
O que leva a sociedade a apoiar este sistema carcerário onde o condenado tem mais regalias que o cidadão trabalhador?
Por que os políticos e a Justiça toleram a liberalidade nas cadeias para os presos perigosos?
Por que raramente se vê carcereiros punidos nesta relação promíscua que sabemos existir no trato com marginais?
E os governantes, será que se sentem desprendidos destas barbaridades praticadas por pessoas como Fernandinho Beira-Mar?

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